Escrituras Editora
e Livraria Cultura
convidam para o
lançamento do livro
Benjamin Abrahão:
entre anjos e cangaceiros
de
Frederico
Pernambucano de Mello
Prefácio
de Eduardo Diatahy Bezerra de Menezes
Quinta-feira, 13 de
dezembro de 2012
A partir das
19h
Livraria Cultura -
RioMar Shopping
Avenida
República do Líbano , 251 – Salão comercial 2057 - Pina - Recife/PE
Tel.: (81) 2102-4033
Tel.: (81) 2102-4033
Saiba mais sobre o
livro:
Benjamin
Abrahão: entre anjos e cangaceiros
Autoridade na
cultura do Nordeste do Brasil, o historiador Frederico Pernambucano de Mello nos
apresenta o livro Benjamin Abrahão: entre anjos e cangaceiros (Escrituras
Editora), que traz a biografia do secretário particular do padre Cícero, do
Juazeiro, de 1917 a 1934, além de fotógrafo autorizado do cangaceiro Lampião,
tendo acompanhado os diferentes bandos de que este dispunha em sete Estados do
Nordeste, no meado de 1936, creditando-se como responsável pela mais completa
documentação do cangaço jamais obtida, ao incorporar a imagem cinematográfica às
velhas fotografias conhecidas.
A obra é
ensaio interdisciplinar que ocupou boa parte da vida do autor, e também um livro
de arte, com dezenas de fotografias e de fotogramas históricos da trajetória do
sírio Benjamin Abrahão Calil Botto -- um “conterrâneo de Jesus”, como se
declarava, por conta do nascimento em Belém, na Terra Santa --, que desembarcou
no Porto do Recife em 1915, aos 15 anos de idade, fugindo da Grande Guerra, para
trilhar uma aventura extraordinária pelos sertões do Brasil
setentrional.
No livro,
Pernambucano de Mello, reconhecido por Gilberto Freyre, já em 1984, como “mestre
de mestres em assuntos de cangaço”, apresenta pesquisa profunda, feita ao longo
de 40 anos. Pela primeira vez, é divulgado o conteúdo da caderneta de campo
deixada por Benjamin Abrahão, recolhida pela polícia no momento de seu
assassinato com 42 punhaladas, no começo de 1938, no sertão de Pernambuco, aos
37 anos de idade. Cobrindo os anos da missão sobre o cangaço, a caderneta
abrange o período 1935-1937, com lançamentos alternados em português e em árabe,
assim impusesse a necessidade de sigilo sobre o assunto. O
historiador trabalhou por três
anos, com dois professores de árabe, traduzindo, ponto a ponto, o conteúdo
averbado -- muitas vezes resultante de conversas noite adentro com Lampião,
Maria Bonita e outros cangaceiros -- que são relatos que matam polêmicas e
contestam versões atuais sobre fatos e figuras das décadas de 1910, 1920 e 1930,
como o polêmico Floro Bartolomeu da Costa e a apregoada amizade entre Lampião e
o padre Cícero, além de informações que dizem respeito ao real combate do
Batalhão Patriótico à Coluna Prestes, para o qual traz entrevista inédita que
fez com Prestes, em 1983, no Recife.
Particularmente
importante, pela originalidade, é a revelação da matriz setecentista e
estrangeira do pensamento social brasileiro dos anos 1930 sobre o cangaço,
presente, sobretudo no chamado romance nordestino, tendente a culpar a sociedade
e a desculpar os excessos dos protagonistas do fenômeno. O mesmo se diga sobre a
revelação, de todo desconhecida até o presente, dos esforços de apropriação
internacional do apelo épico que o tema encerra, por parte das facções travadas
em luta de morte ao longo da década aludida: o Reich alemão contra o Soviete
russo, Hitler contra Stalin, ao tempo em que Lampião dava as cartas na
caatinga.
O livro traz ainda
apêndice com a reprodução de importantes documentos, colhidos em pesquisa que
contou com o apoio de muitos colaboradores e instituições, como a Fundação Joaquim Nabuco, do Recife, a Cinemateca
Brasileira de São Paulo, os arquivos Renato Casimiro/Daniel Walker, do Juazeiro,
e da antiga Aba-Film, de Fortaleza, ambos do Ceará, entre
outros.
Sobre o autor:
Frederico
Pernambucano
de Mello possui formação em
história e direito. Na Fundação Joaquim Nabuco, do Ministério da Educação,
integrou a equipe do sociólogo Gilberto Freyre, de 1972 a 1987, período em que
se especializou no estudo da cultura da região Nordeste do Brasil, tendo
publicado os seguintes livros: Rota batida: escritos de lazer e de
ofício, Recife, Edições Pirata, 1983; Guerreiros do sol: violência e
banditismo no Nordeste do Brasil, Recife, Editora Massangana/ Fundação
Joaquim Nabuco, 1985 [ora em 5ª edição pelo selo A Girafa, de São Paulo];
Quem foi Lampião, Recife-Zürich, Stähli Edition, 1993 [ora em 3ª edição];
A guerra total de Canudos, Recife-Zürich, Stähli Edition, 1997 [ora em 3ª
edição pela A Girafa]; Delmiro Gouveia: desenvolvimento com impulso de
preservação ambiental, Recife, Editora Massangana/ Fundação Joaquim
Nabuco-CHESF, 1998; Guararapes: uma visita às origens da Pátria,
Recife, Editora Massangana/Fundação Joaquim Nabuco, 2002; Tragédia dos
blindados: a Revolução de 30 no Recife, Recife, Editora
Massangana/Fundação Joaquim Nabuco, 2007; Estrelas de couro: a estética
do cangaço, São Paulo, Escrituras Editora, 2010, livro finalista do
Prêmio Jabuti de 2011, nas categorias projeto gráfico e ciências humanas. É
membro dos Institutos Históricos de Pernambuco, Alagoas e Rio Grande do Norte,
do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil, e da Academia de
História Militar Terrestre, tendo sido curador internacional da Fundação Bienal
de São Paulo para a Mostra do Redescobrimento – Brasil 500 Anos, São Paulo,
2000, e presidente da União Brasileira de Escritores – Seção de Pernambuco. Na
Academia Pernambucana de Letras, ocupa a cadeira 36 desde o ano de 1988. Pela
originalidade de seus estudos, pelo volume da obra que produziu, e por se
dedicar a aspectos de nossa história considerados ásperos e de pesquisa difícil,
tem sido considerado o “historiador do Brasil profundo”, na palavra do professor
Nelson Aguilar.
Título: Benjamin Abrahão: entre anjos e
cangaceiros
Autor:
Frederico Pernambucano
de Mello
Prefácio:
Eduardo Diatahy Bezerra de Menezes
Gênero:
História/Cangaço e
cangaceiros/Usos e costumes/Ensaio
interdisciplinar
ISBN:
978-85-7531-447-0
Formato: 16 X 22,5 cm, brochura, com 97 imagens
Formato: 16 X 22,5 cm, brochura, com 97 imagens
Páginas:
320
Peso: 470 g
Peso: 470 g
Preço:
R$
45,00
Escrituras
Editora
Carmen
Barreto - MTb 23196/SP
Comunicação e Imprensa
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